domingo, 28 de fevereiro de 2010

Montjuic em Photosynth



Forte en MontJuic




¡Hola!

Montjuic é um morro que fica dentro da cidade de Barcelona. Alí está o estádio olimpico, o Museu Nacional de Arte da Catalunya, o Poble Español que é uma reconstituição de varios povoados da España, a fundação Joan Miró, o Jardim Botânico e muitas mais coisas.


Se pode subir caminhando ou por um Funicular que sai da estação de Metro Parallel da linha verde L3.

Mas a razão principal de eu fazer esse post é dividir essa nova tecnologia que a Microsoft vem desenvolvendo que une muitas fotos para criar uma imagem 3d, então você pode conhecer um lugar por muitos pontos de vistas praticamente navegando na foto.
Existem muitos exemplos no site deles, inclusive o programa para montar o Synths, que é o nome desse conjunto de imagens é gratuito qualquer um pode montar o seu. O link leva para um do Palácio de MontJuic, que abriga o Museu de Arte. Espero que aproveitem!


domingo, 24 de janeiro de 2010

¡Andalucía te quiere!



¡Hola amigos! Feliz ano novo para todos, estou devendo muitos posts no blog, mas vamos ver se eu consigo me redimir contando um pouco dessas curtas férias que passamos viajando pela Espanha.

Primeiro vamos localizar nos, estamos em Barcelona, Catalunha, bem La pro norte, divisa com a França, e para o fim do ano fizemos um role pelo sul da Espanha, Andalucía, famosa pelas touradas, o flamenco, os ciganos, lindas praias, que o lema do turismo é "¡Andalucía te quiere!", pois bem, a recíproca é verdadeira! Vou contar um como passamos por essas terras únicas e que com certeza vale a pena sair do roteiro básico Madrid – Barcelona – Bilbao, quando a galera vem visitar a Espanha.

Andalucía é a região mais ao sul da Espanha, lá que se encontra o famoso Estreito de Gibraltar, o ponto europeu mais próximo da África. Nessa região se nota de forma mais evidente o domínio árabe sobre a Espanha, que durou só um tempinho... uns 700 anos, desde a conquista até a queda da última cidade árabe, um deslize dos espanhóis... E isso traz para a região uma mistura, um jogo de cores, formas, e sabores, sem igual! Somado a sua beleza natural, e ao povo agradável torna um roteiro indiscutível.

Em nossa viagem conhecemos diversas cidades da região, e todas bastante diferentes entre si, visitamos Málaga, Marbella, Sevilla, Cádiz, Córdoba e Granada. E vou enumerar as melhores coisas de cada uma.

Málaga, cidade linda, por ser bem ao sul ainda aproveitamos o sol no meio do inverno Europeu, até rolou uma praia, mas nada de entrar na água. E no centro de Málaga o ponto mais interessante é o teatro romano, que fica ao lado de um castelo Árabe, a Alkazar. Além disso tem o Museu do Picasso, que ali nasceu. O museu além do valor que tem suas obras, é um projeto muito legal, onde você pode ao mesmo tempo ver como é uma casa típica mediterrânea, como ver um projeto de intervenção e acréscimo de espaços com um ótimo resultado, pena que não se pode tirar fotos dentro.


Marbella, é uma cidadezinha perto de Málaga que tem umas ruazinhas pequenas, casinhas brancas, uma praia bonita com um calçadão movimentado, vá a um quiosco e prove uma tapa local, sempre quis uma desculpa pra comer uma almôndega no meio da praia!

Sevilla é uma das maiores cidades da Espanha, e também tem os maiores monumentos, vá com tempo para Sevilla, pois além da cidade ser grande, você pode de lá pegar ônibus ou trens para diversas cidades de Andalucía, inclusive Córdoba, uma hora e vinte de trem, e Cádiz, uma hora e pouco de ônibus. A cidade tem uma história de como o Rei de Castilla Alfonso X, em uma guerra contra seu filho foi leal a cidade, e a cidade a ele que criaram esse símbolo que hoje se espalha por toda cidade que quer dizer não me abandonou, "no me ha dejado".

Tem um dos maiores cascos históricos da Europa, e se nota enquanto se caminha pela cidade. A Alkazar de Sevilla é muito legal de se visitar . Sevilla é uma das poucas cidades onde a tourada ainda é apoiada, e na sua Arena de Touros tem um museu da tourada, caso vá na temporada de touradas que coincide mais ou menos com o verão considere a possibilidade de ir a um desses espetáculos bárbaros que você pensa duas vezes se quer ver o que acontece ou não.

Passamos um dia em Cádiz e de verdade se chegar cedo em um dia você pode aproveitar quase tudo da cidade, mas claro que se puder ficar mais tempo melhor. Mas pessoalmente o que mais gostei dessa cidade foi sua Catedral, me arrisco a dizer que foi a igreja que eu mais gostei de toda Espanha, sua forma, sua materialidade, a maneira que esta inserida na cidade, seus grupos escultóricos.


Córdoba, a capital do império islâmico na Espanha não podia deixar por menos, a sua Mesquita é com certeza a coisa mais fantástica da cidade, mas cuidado! Não abaixe demais para tirar uma foto que um dos muitos seguranças que ficam por ali podem achar que você esta rezando para Alá e te expulsar da Mesquita, que agora é uma igreja. É verdade eles estão aí pra isso mesmo! Com a transformação da Mesquita em Igreja fica proibida a prática de outra religião nesse espaço.


Granada, e por último, pra fechar com chave de ouro, Alhambra. O monumento más visitado da Espanha, e não é a toa! Além de enorme, a ornamentação de cada parede do palácio é algo fora da nossa imaginação de ocidentais que ocupamos nosso tempo com televisão e lendo blogs de amigos! Agora imagina essa maravilha toda com neve. Foi realmente lindo! Frio, mais lindo. É algo mais que com certeza com uma foto não posso passar para vocês. Espero que alguém que leia possa ter a mesma sorte!


Bom, chega né? Parece pouco? Pra mim não! Acabou meu vocabulário já! Ufa! Que bom escrever alguma coisa depois de tanto tempo!

¡Cosas Guays! (supimpas!)

Nosso Hostel en Sevilla, Samay, super recomendado! Top Rated no Hostel Word e não é toa.

Cádiz, vale a pena passar um dia.

Migas! Especiaría local! faz você repensar o conceito de farofa!

Free walking tours, além de serem de graça são divertidos e também instrutivos. E não seja sovina na hora da caixinha.

¡Cosas malas!

Hostel de Córdoba Pilar del potro, muito xexelento, mas se você gosta de goteira e de jantar em pé...

Esquecer o passaporte no cofre do albergue e ter que pegar um trem pra voltar pra cidade que acabou de sair... bom já deu pra entender.

Sempre que for viajar de Ryanair lembrar de levar uma mala de mão de 40x55x20 cm

Abraço para todos e nos vemos por aí! Ou se possível, por aqui!



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Raval, u barri dign


Faz tempo que eu não posto nada, mas esse tempo de escassez se acabou! Estou com várias idéias de posts para fazer e uma delas é de falar das regiões que frequentamos por aqui. E para começar nada melhor que o bairro que andamos mais, o nosso bairro, o grandioso, o querido, poderoso salve-salve, Raval!

Edifício típico do Raval

Como o próprio nome diz, Raval vem de uma expressão em árabe ar-radad que quer dizer “fora dos muros”, ou seja esse bairro por muito tempo era separado fisicamente do resto da cidade, somente no século 13 uma nova muralha foi erguida e expandido a cidade intramuros incluindo o Raval, mas mesmo assim tinha uma ocupação rarefeita e todos os equipamentos que os cidadãos não queriam perto de suas casas era construídos no Raval, Igrejas, monastérios, hospitais religiosos, cadeias e etc. Com a chegada da industrialização, que fez de Barcelona a cidade mais rica da Espanha no século 18, o Raval se consolidou como bairro operário.

O Raval teve por muito tempo a fama de bairro marginal, misturando bares de absinto, teatros decadentes, bordéis, grupos anarquistas e pontos de consumidores e vendedores de droga. Mas o Raval vem mudando suas características através de investimentos públicos e privados, como é o caso da Rambla Del Raval que foi terminada no ano 2000, e teve como finalidade “limpar” o bairro em suas áreas mais críticas. E realmente foi exatamente isso que foi feito com a demolição de quase 5 quarteirões para criar uma pequena rambla. Esse tipo de operação de esponjamento realizado nesse projeto é repetido é observado em outros pontos do Raval e em outros bairros da ciudad vieja. Afinal em alguns pontos desses bairros a densidade conseque ser maior até que o eixample, que já tem uma densidade invejável para a maioria das cidades.


Gatinho de Botero na Rambla de Raval

Atualmente o bairro mantém alguns dos seus problemas porém em outra escala e em pontos específicos, mas mesmo assim é uma região mais delicada de se andar do que as outras partes da cidade, mas nada que um pouco de atenção e cara de mau ao andar por aí não resolva. As cifras de imigrantes no Raval é altíssima, certamente a mais alta dentro dos bairros centrais de Barcelona, apesar de que com a nova cara que o bairro vem adquirindo esse cenário vem mudando. Com a abertura da Rambla de Raval, a construção do MACBA, do CCCB, e posteriormente das faculdades que se instalaram pelo centro muitos artistas e estudante estão procurando se instalar no Raval, e o reflexo disso é um bairro cheio de contrastes, e um clima multicultural e intenso por toda a semana e todas as horas do dia.

MACBA, projeto de Richard Meyer
Presuntinho na Boqueria
Museu/Paroquia de Sta Monica

Um hotel de alto padrão na Rambla de Raval faz frente a um edifício todo caindo aos pedaços. E as galerias e cafés refinados podem ser encontrados a alguns metros do mercado da Boqueria, o equivalente ao nosso Mercadão de São Paulo. Algumas ruas mostram o melhor de Barcelona e outras o pior, ou se preferir o mais pitoresco. Ruas estreitas, boulevards, paks (como eles chamam os paquistaneses aqui), turistas, casebres, e arquitetos super estrelas. O Raval é um passeio obrigatório para alguém que venha a Barcelona.

Hotel 4 estrelas de CMV Arquitectes na rambla de Raval


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A vida até parece uma festa



Infelizmente o verão acabou, ainda temos dias quentes, tardes ensolaradas e banhos de mar, mas hoje foi o dia mais frio desde que chegamos aqui. Mas o que eu mais gostei desses poucos dias de verão que estive em Barcelona foram os shows que acontecem na rua.


Muitos grupos musicais se apresentam nas ruas de Barcelona. Você pode ir andando pela orla e encontrar um grupo de cubanos tocando uma Salsa! Ou um grupo de jovens de vários países fazendo uma mistura de rock, com música indiana, sons de natureza, e claro o clássico bolivianos com flautas... e aqui fica uma galera ouvindo eles! Sucesso total!

E não é uma coisa assim improvisada, eles vem com geradores e baterias, vendendo cd´s. Pena que os cd´s são caros para nós latino americanos, 10 Euros, todos vendem cd´s a dez euros. Mas como eles tem mais ou menos uma localização fixa a melhor coisa é fazer um passeio a tarde e ir parando onde estão as pequenas aglomerações. E se tiver uma moeda dando sopa, afinal são bandas que em São Paulo certeza que só as encontraríamos em barzinhos da Vila Madalena.

Certeza que você pode encontrar essas bandas na Plaza Catalunha, Port Vell, no final das Ramblas, perto do monumento de Colón. E dizem por aí que elas só aparecem no verão.... espero que não...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O mistério da Ilha de Páscoa



Poucas histórias podem ser tão facilmente relacionadas com o presente como a do mistério da Ilha de Páscoa, é também um pouco assustadora, pois sabemos como terminou a história. Na verdade nunca soube da história toda e acho que a maioria não sabe também. Essa história foi contada na primeira aula do mestrado pelo Dr. Andri W. Stahel, que é brasileiro e falou sobre a sustentabilidade e os desafios para alcançá-la.


foto: Artemio Urbina

A Ilha de Páscoa é uma pequena ilha que apesar de pertencer ao Chile esta a milhas e milhas do continente e foi descoberta por navegadores holandeses em um domingo de páscoa; os holandeses quando ali chegaram encontraram uma ilha vulcânica com pouca vegetação e com estatuas gigantes feitas de pedra espalhadas pela ilha, que são conhecidas como Moais. Ao explorar mais a ilha descobriram que não era uma ilha deserta, havia uma pequena população primitiva que morava em cavernas, vivam em pequenos grupos e eram canibais. E a grande questão que os ingleses trouxeram da sua expedição foi como um povo completamente primitivo que não tinha domínio nem sobre a sua alimentação poderia elaborar estatuas com tamanha complexidade como as centenas que se encontravam espalhadas pela ilha.


Durante muitos anos a única explicação “plausível” foi a de que uma raça alienígena mais avançada havia feito essas estatuas. E como se poderia negar... afinal “porque não pode ter sido” não é resposta.

Foto: Donavan Navonod

Com o avanço da tecnologia, foi possível fazer sondagens no solo e descobrir que a ilha nem sempre foi seca, através das amostras de solo, foi possível encontrar pólen, ou seja, a ilha já foi coberta de árvores. Com novos dados nas mãos, novas versões foram criadas e atualmente a mais provável é essa.


A ilha foi habitada por uma população de polinésios que saiam ao mar em busca de novas terras. Eles levavam consigo batatas e galinhas, para caso encontrassem terra terem com que viver. Quando chegaram na ilha foi um sucesso, a batata cresceu que nem chu-chu, e as galinhas se multiplicavam como coelhos. (Esse é um mistério secundário... por que não levar chu-chu e coelho pra garantir comida? Deixa pra lá...) E plantar batata e criar galinha, era muito fácil, o que lhes deixava muito tempo para fazer outras coisas, dançar, pescar, construir casas, inventar rituais, jogar futebol (será?) e porque não... fazer estatuas gigantes de pedra! Esse era o principal hobby dos nativos. E os diversos clãs espalhados pela ilha competiam para ver quem fazia mais e maiores moais, e isso pedia cada vez mais moais.

E como eram feitos esses moais? A pedra da qual eram feitos vinha de um vulcão, que ficava no centro da ilha, e os clãs ficavam espalhados pelo litoral. Ou seja, o trabalho não era apenas fazer o Moai como levá-lo até o clã. Esse transporte era feito rolando a pedra em troncos de árvores por todo o caminho até a aldeia, e uma vez lá era usado um monte de troncos para levantar a pedra. Ai que começa o problema.

É claro que a falta de árvores na ilha de páscoa foi causada pelo excesso de Moais nas aldeias, mas como isso transformou a mais sofisticada civilização polinésia em canibais que vivem em cavernas? A madeira entre outras coisas era usada para construção de moradia, de redes de pesca, canoas, gol pra jogar futebol (será mesmo?), e os frutos complementavam a dieta dos habitantes da ilha.

Mas a grande pergunta é, eles não perceberam que estava acabando a floresta? Óbvio que perceberam, nós nem estivemos lá e percebemos que ia dar nisso! Mas o que foi que eles fizeram? Fizeram um trato entre clãs para que maneirassem nos Moais porque a madeira ta acabando, já existe estátuas suficientes, vamos disputar de outra maneira para ver qual clã é melhor que o outro, uma partida de futebol talvez... NÃO!!! Os habitantes perguntavam aos seus líderes porque estamos ficando sem ter onde morar, porque estamos com fome, porque estamos sem ter como pescar. E os líderes diziam - os deuses não estão satisfeitos conosco, temos que fazer mais moais! Até porque se eles não fossem cortar mais madeira, os vizinhos deles iriam. E olha que eles nem eram inimigos, eram apenas vizinhos! Até chegar uma hora que acabou a madeira, não havia nem sequer uma árvore na ilha. E isso é ilustrado pelos Moais que foram encontrados pelos ingleses, alguns estavam ainda no vulcão, outros estavam no meio do caminho. Chegou um momento em que a indústria dos Moais teve que parar.

Agora eles eram um povo desesperado sem casa, sem frutas do bosque, sem meios de pescar e o pior de tudo... sem canoas! Eles estavam literalmente ilhados, com uma ilha com recursos absolutamente escassos, com fome e cheios de Moais.

Com o tempo a fome fez com que esses povos entrassem em conflito, inicialmente pelas galinhas dos inimigos, tornando o centro da vida deles proteger as galinhas. Inevitavelmente a galinha era pouca assim que acabaram as galinhas. Acabou a galinha, mas... Bom sobrou o inimigo...

E acabou o mistério da Ilha de Páscoa, pelo menos o mistério histórico. Mas e o mistério do homem da Ilha de Páscoa, como uma civilização tão avançada capaz de fazer ídolos enormes de pedras que pesavam toneladas, não foram capazes de parar de alimentar um costume que os estava matando. Mas não atiremos a primeira pedra... Afinal e nós? Quando vamos parar de alimentar costumes que nos matam? Quando vamos repensar o modo de fazer nossos ídolos enormes?

Os habitantes da Ilha de Páscoa nem viram o ponto que a água estava no pescoço, quando estava no peito eles se agarraram a uma pedra e tibum. Nós por outro lado já estamos sentindo a água subir e buscamos soluções com energias limpas ou equipamentos mais eficientes, mas o problema é o ritmo que as coisas andam. E o PROBLEMÃO é que agora não estamos falando só uma ilha...

Eu acho que estamos buscando uma solução.

Acredito que estamos tentando mudar o modo de fazer nossos Moais

Eu sei que as nossas “árvores” estão acabando

E eu tenho certeza que não temos canoas pra fugir.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Les Castelles





Uma tradição milenar catalã foi o que nos metemos um dia na Mercè. Originado de uma outra tradição de outra parte da Espanha, a Moixiganga praticada na região valenciana de Algemesí.


Esse tradicional ritual que chega a agrupar 300 pessoas acontece em toda festa popular da Catalunha que se preze. É formada por homens, mulheres, crianças das mais variadas idades, quanto mais variar melhor. Elas vão trabalhando juntas em diferentes setores, que tem até nome:

· Pinya: Base do Castelle, onde fica aquela montoeira de gente, entre pessoas do próprio grupo, do grupo rival, o vovô que já passou da idade de subir nas costas do pessoal, turistas, esse que vos escreve inclusive também estava nessa montoeira também.

· Tronc: É a parte em que as pessoas se agrupam em pequenos grupos uns em cima dos outros, inclusive os que ficam ocultos no centro da Pinya.

o Dentro do tronc, na verdade em cima do tronc, existem subpartes, os dosos, que são os dois castellers que formam o último andar.

o O acotxador, que é um dos menores participantes do Castelle, que é o que fica agaxado em cima dos dosos

o E finalmente a anxaneta, que é aquele moleque magrelo em cima de todo mundo que ao levantar o braço completa o Castell.

E são sempre acompanhados de uma banda tocando instrumentos tradicionais. A banda só começa a tocar quando o técnico manda. Ele tem até um dado momento para desistir da formação do castelo sem perder pontos. A partir do momento que a banda toca ta valendo!


Além de ser uma comemoração completamente sem par para nós brasileiros, é muito emocionante ver como eles participam juntos e comemoram juntos um esforço imenso pelo simples prazer de perpetuar um ritual que para eles representa tanto. Não é a toa que eles mantém tão forte a sua identidade Catalã. Descobrindo um pouco da história desse país dentro do outro se encontram diversos momentos em que eles se enfrentaram, e a rixa entra a Catalunha e a Espanha continua viva nos dias de hoje, inclusive o jogo Barça contra Real Madrid tem um preço aparte no Camp Nou.


Mais fotos no Flickr!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ação, religião, arte e ciências. Fim de semana por 6 euros.

É claro que estando na Europa tem que se ter em mente que quem converte não de diverte, mas nem por isso você precisa gastar dinheiro para se divertir no fim de semana. Como passear um fim de semana sem gastar 10 euros.

Claro que como já estamos instalados aqui não gastamos com comida, já foi pré gasto no mercado. Mas mesmo assim em muitos lugares se como por 7 euros com bebida inclusa, e vinho, que é mais barato que Coca Cola. Mas voltemos ao fim de semana.

Como falei no post anterior esse fim de semana aconteceu o Red Bull Air Race, uma corrida de aviões monomotores na praia de Barcelona, passou no ESPN se alguém teve a oportunidade de assistir. E claro como bons farofas que somos, fomos. E fomos cedo, sorte nossa porque outras 1.399.999 pessoas foram ver a corrida, isso mesmo, quase um milhão e meio de pessoas!!! Insano...

A corrida é bem legal, apesar de ser repetitiva, mas com certeza é melhor que ficar em casa vendo Bob esponja, que parece que é a única coisa que passa em uma canal daqui, toda vez que ligamos a Tv ta passando Bob esponja! Aliás a TV daqui merece um post... anotado. Mas a Festa al ciel, que acontece todo ano, teve outras atrações aéreas como acrobacias aéreas e a apresentação de vários aviões, inclusive um caça que ficou dando voltas em Barcelona. Se ouvia de longe o motor do bicho.

Voltando pra casa, vimos que ia ter um festival da Índia nas Ramblas, perguntamos pra uma indiana que estava de bobeira por lá e ela falou que o show era de graça então não deu outra, a noite estávamos lá! Foi bem legal, estava rolando um Hare Krishna e umas danças indianas, e eles começaram a dar umas garrafas de água pra todo mundo. Tudo bem uma água, não vamos abusar dos hare krishnas né, afinal eles já estão fazendo o show no meio das Ramblas... mas antes que nos déssemos conta eles começaram a distribuir marmita pra galera! Com umas comidinhas boas... pois é saiu melhor que a encomenda, fui ver uma apresentação, que foi bem legal e ainda ganhei um rango grátis.

No segundo dia, acordamos mais cedo e fomos no museu de arte contemporânea de Barcelona, projeto do Richard Meyer. Animal o edifício, tem uma presença na praça em que se situa. Um volume totalmente branco e horizontal , no meio das ruas estreitas e edifícios igualmente estreitos e verticais do Raval. Seria mais impressionante se tivéssemos dado de cara com ele sem saber, pois a praça em que se situa se assemelha com outras semelhantes espalhadas pelo bairro, como respiros em um labirinto essas praças deixam a luz entrar um pouco mais nesse bairro de origem operária. Por sinal é o bairro que estamos morando.

Particularmente, eu não entendo muito de arte contemporânea então o que eu gostei mais mesmo foi o edifício em si, se você amigo arquiteto tiver muito contando cada centavo, vale a pena visitá-lo nem que seja só por fora, apesar que a graça de um edifício do Richar Meyer é entrar no edifício, pois ele é conhecido pela maestria com que trata a luz em suas obras, e realmente o átrio que se encontra a rampa que da acesso as salas, fachada principal do museu, é mais impressionante por dentro que por fora. Esse foi nosso único gasto com diversão no fim de semana e também foi bem pouco, sete euros.

Para aproveitar o nosso último dia sem aulas, fomos para outro lugar, Cosmo Caixa que fica pelos lados de Tibidabo, pode dar preguiça porque não tem metro mas também da praça Catalunya em 15 minutos se chega lá de ônibus. E chegando lá... Surpresa!!! Primeiro domingo do mês não pagava entrada!!!

O Cosmo Caixa é um museu de ciências para crianças... Mas a idade não importa né afinal.... se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda!.... E realmente vale a pena visitar! Da pra passar um dia inteiro lá! Lá tem uma seção imitando a selva amazônica que é realmente impressionante, além de muitas outras coisas realmente bacanas.

E o edifício também é incrível, foi um projeto de restauro e reutilização de uma fábrica de Barcelona, e a maneira como os edifícios se ligam é muito harmoniosa e os espaços são interesantíssimos.



Esse foi o nosso fim de semana, espero que tenha tido paciência de ler até o final e quando vier para Barcelona não esqueça de visitar o Cosmo Caixa, certamente não é um dos lugares mais característicos de Barcelona, mas se você se interessa por ciência, ou quiser virar criança novamente por algumas horas, lá é o lugar para isso. Até a próxima.